Elas atendem todos os gostos. De sabor leve, encorpado ou pesada, mas sempre bem gelada para agradar os mais distintos paladares dos brasileiros.
A cervejinha nossa de cada dia, a loura gelada, preferência nacional e
presença certa nos quatro cantos do país têm uma alta Carga Tributária incidindo sobre o seu valor
final.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, IBPT, em
média o brasileiro paga 55,6% em impostos com o produto. Para se ter uma breve
idéia do peso dos impostos, uma cerveja de 269 ml, que ao Preço de supermercado varia entre R$ 1,19 a
R$ 2, poderia custar de R$ 0,53 a R$ 0,89, bem mais barata.
Num barzinho em Salvador, a mesma cerveja de 269 ml sai gelada a R$ 2 e a
de 470 ml a R$ 3,50, o que significa que poderiam estar custando R$ 0,89 e R$
1,56 respectivamente. Já as cervejas em garrafa com 600 ml, vendidas a partir de
R$ 4 poderiam custar R$ 1,78, já que pelo menos R$ 2,22 representam o custo pago
nos tributos.
Acrescentam-se à lista as cervejas especiais, que variam entre R$ 7 e R$ 12
na Capital e poderiam sair mais baratas para o
bolso do consumidor, custando, sem a carga tributária, entre R$ 3,11 e R$ 5,33.
Paga-se de impostos entre R$ 3,89 a R$ 6,67 nas especiais.
A pesquisa do IBPT abrange um estudo aprofundado sobre a alta Carga Tributária nos produtos mais
consumidos no carnaval em todo o país. Foi detectado, segundo o IBPT, que as
bebidas têm a maior incidência de tributos, oscilando de 76,66% na caipirinha,
62,20% no chope, 55,60% na cerveja e 46,47% no refrigerante em lata, conforme
aponta o estudo. “Por não serem itens considerados essenciais pela legislação
brasileira, esses produtos têm uma elevada carga tributária”, explica João Eloi
Olenike, presidente do IBPT.
População reclama
A Tribuna da Bahia ouviu alguns consumidores para saber o que eles pensam
sobre a questão tributária. O funcionário público Francisco Duarte, 50 anos,
acredita que bebidas e cigarros deveriam pagar altas taxas tributárias, mas
desde que os valores fossem revertidos à saúde. “Tanto a cerveja quanto o
cigarro têm que ter impostos altos, mas deveria ser revertido para a saúde a ser
aplicado no tratamento de viciados, por exemplo”, avalia.
Já a estudante de Direito Gabriele Tanajura, 32 anos, considera absurda a
taxa tributária. “O pior é você saber que o dinheiro não está sendo bem aplicado
e sim desviado, como é comum neste país. O governo só faz levar e não dá nada em
troca É um país em que se paga imposto para tudo. Você paga mais em imposto que
no produto que consome”, reclama.
Fonte: Tribuna da Bahia / Por Portal da Classe contábil
0 comentários:
Postar um comentário