terça-feira, 6 de março de 2012

Saiba como usar seu tablet para trabalhar


Por Daniela Braun e João Luiz Rosa | De São Paulo

Tablets podem ser viciantes, principalmente nos momentos de lazer. Quem é dono de um desses equipamentos - seja um iPad ou algum modelo com o sistema Android - sabe bem disso. Navegar na internet, ver fotos, ler revistas, disputar joguinhos, ouvir música, assistir a filmes... A lista é interminável e inclui itens que podem salvar sua sanidade mental, como distrair o filho que não para de chorar com um episódio da "Galinha Pintadinha". Acredite, os videozinhos são hipnotizantes...
Mas e na hora de trabalhar, dá para o usar o tablet? Dá - e bem. É verdade que a maioria das companhias ainda reluta em comprar esses equipamentos para seus funcionários. Com exceção das áreas de vendas, onde os tablets ganham adesão cada vez maior, os notebooks ainda reinam no escritório.
Mas dois fenômenos estão levando o tablet para o ambiente de trabalho. O primeiro atende por uma palavra esquisita - consumerização. Pode esquecer o palavrão, mas guarde o conceito. Trata-se do hábito crescente das pessoas de usar seus equipamentos pessoais, como tablets e smartphones, na hora de trabalhar. Assim como muita gente hoje trabalha em casa, as barreiras entre o que é de uso pessoal e o que é da "firma" também estão caindo. 
O segundo ponto é a computação em nuvem. Os dados, que antes ficavam armazenados no seu PC ou notebook, estão migrando para centros de dados remotos, de onde são acessados via internet. Isso é ótimo para guardar as fotos da família ou sua coleção de música digital - dá para ver o que quiser de qualquer computador ou smartphone -, mas por que não aplicar o modelo na hora do batente? Por exemplo, dá para redigir um relatório e deixá-lo na "nuvem", com acesso restrito à sua equipe de trabalho. Todo mundo pode ver, dar sugestões e fazer alterações, sem ter de trocar e-mail, guardar cópia em pen drive etc.
As companhias de aplicativos - os softwares usados nos tablets - perceberam isso e estão investindo em programas para fins profissionais. Até os softwares do popular pacote Office, da Microsoft - Word, Excel, PowerPoint e Internet Explorer - já chegaram ao iPad, da rival Apple. Não, a Microsoft não criou uma versão para iPad. Isso significaria abrir mão de 30% do valor de venda, que é o "pedágio" cobrado pela inventora do iPhone para vender os programas em sua loja virtual.
O que aconteceu foi o lançamento, nos Estados Unidos, de um serviço chamado OnLive Desktop Plus, que usa a computação em nuvem para levar ao tablet o sistema Windows 7, junto com o Office. O pacote, oferecido pela empresa OnLive, custa US$ 5 por mês e inclui um serviço de conexão ultrarrápida à internet. E há uma versão gratuita, com menos recursos.
Antes que você fique muito animado, é bom informar que o serviço, não está disponível no Brasil. Abaixo, no entanto, você encontra um guia do que há de melhor para deixar seu tablet mais profissional. Inspire-se e vá trabalhar!

Escolher entre Wi-Fi e 3G depende de perfil de uso

Por De São Paulo
A escolha entre um tablet que oferece somente acesso à internet via redes locais sem fio (Wi-Fi) e um modelo que também permite a conexão a redes de dados móveis (3G) depende do perfil do profissional e da disposição financeira do usuário.
Na maioria dos casos, os tablets com a opção de acesso 3G são mais caros do que os modelos Wi-Fi. Por exemplo, um iPad de 64 gigabytes (GB), o mais poderoso disponível atualmente, sai por R$ 2.179 na versão Wi-Fi, enquanto o mesmo modelo, com Wi-Fi e 3G, custa R$ 2.564. Mas o que se deve considerar, principalmente, é que para usar o 3G é preciso contratar um plano de acesso móvel, ou seja, é mais uma conta mensal. Um pacote com franquia de 500 megabytes (MB) pode variar entre R$ 50 e R$ 70 por mês, dependendo da operadora contratada.
Geralmente, o investimento compensa para profissionais que trabalham em campo, como equipes de vendas e suporte. Neste caso, também é possível contratar um plano de acesso Wi-Fi que amplia a oferta de pontos de acesso (hotspots) no país - o serviço OiVex, por exemplo, custa R$ 19,90 ao mês.
Para quem viaja muito, o modelo 3G também pode ser útil, mas é preciso tomar cuidado em percursos no exterior: as tarifas internacionais são pesadas.
á quem pode usufruir da rede sem fio da empresa e acessa a internet em casa, com roteador Wi-Fi, não costuma sentir falta do tablet 3G. Em caso de necessidade também é possível usar o smartphone como modem. O recurso, conhecido como tethering, permite que o celular compartilhe o acesso 3G com o tablet, mas é preciso ficar de olho no consumo da franquia de dados do smartphone. (DB e JLR)

Levar máquina particular para o escritório requer cuidado

Por De São Paulo
O movimento cada vez mais frequente de profissionais que levam seus dispositivos móveis ao trabalho tem agitado a área de tecnologia das empresas em torno da segurança da informação e da política de compartilhamento de dados empresariais.
"A [área de] TI tem que se adaptar e não lutar contra isso", afirma Pedro Ripper, diretor de inovação e novos negócios da Oi, que usa o iPad no trabalho. Há pouco mais de um ano, segundo o executivo, a operadora modificou a autenticação à rede Wi-Fi interna para abraçar os dispositivos pessoais.
Na mesma época, a Mastercard iniciou uma ação mundial chamada 'Bring your own device' ('Traga seu próprio dispositivo') para se adaptar aos dispositivos pessoais dos funcionários. "A empresa instala o aplicativo 'Good for Enterprise' nos smartphones e tablets dos colaboradores, criando uma rede segura para acesso a correio eletrônico e documentos", explica Luiz Roncato, vice-presidente de plataformas inovadoras da Mastercard Brasil Cone Sul.
Ripper pondera que o uso do tablet depende do perfil profissional. "É um dispositivo mais barato, flexível e poderoso para consumir informações. Já para uso mais contínuo, como criar um documento extenso, uso um ultrabook", afirma. Os ultrabooks são notebooks muito finos e mais leves que os modelos tradicionais, à semelhança do MacBook Air, da Apple.
A dica dos executivos para profissionais que desejam levar seus tablets ao escritório é checar a política de conectividade da empresa, para adequar-se às regras. Outra recomendação é procurar não manter arquivos empresariais armazenados no dispositivo. (DB e JLR)


Fonte: Valor Econômico 

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